Sobre o Autor
Mário Raul de Moraes Andrade nasceu em 9 de outubro de 1893, na Rua Aurora, em São Paulo. Aos 11 anos escreveu seu primeiro poema, que já apresentava palavras inventadas. Aos 22, formou-se pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde passou a lecionar em seguida. Em 1917, aos 24 anos, lançou seu primeiro livro de poesias, Há uma Gota de Sangue em Cada Poema, seguido de Pauliceia Desvairada, em 1922, que conta a urbanização de São Paulo e é considerada a primeira obra de vanguarda do modernismo brasileiro. Neste ano, participou da Semana de Arte Moderna em São Paulo, realizada entre 13 e 18 de fevereiro, no Teatro Municipal. Em 1927 publicou seu primeiro romance, Amar, Verbo Intransitivo e, em 1928, o segundo romance, Macunaíma, considerado sua obra mais importante. Entre seus outros livros estão Losango Caqui (1926), Belasarte (1934), Os Filhos de Candinha (1943), Lira Paulistana (1946) e Contos Novos (1947). Com obras que estão entre as mais inovadoras da literatura brasileira, morreu em 25 de fevereiro de 1945.
Angelo Abu nasceu em Belo Horizonte, em 1974. Ilustrou seu primeiro livro em 1995, como resultado de uma oficina no Festival de Inverno de Ouro Preto. Desde então, vem trabalhando para diversas editoras. Em 2000, formou-se em cinema de animação pela Escola de Belas Artes da UFMG. Em 2010 ficou em primeiro lugar na categoria caricatura no concurso de ilustração do jornal Folha de S. Paulo, para o qual posteriormente veio a colaborar algumas vezes. Ilustrou mais de 70 livros, dentre eles, Um Dia, um Pássaro, de Sônia Junqueira e Simbad, adaptado das Mil e Uma Noites por Alaíde Lisboa, ambos pela Peirópolis.
Dan-X: Aos 18 anos, enquanto estudava Publicidade, tive o meu primeiro emprego como arte-finalista em uma estamparia em Belo Horizonte. Por 10 anos trabalhei fazendo imagens para a indústria da moda, de padronagens florais a solado de sapato. Em 1995 juntei-me a amigos e editamos a revista Graffiti (1995), que durou 17 anos publicando um volume anual com algumas publicações extra, movidos mais por paixão do que por retorno financeiro. Paralelamente, trabalhei numa produtora de eventos, ministrei oficinas de graffiti pela PBH, fiz painéis e dei aulas na Casa dos Quadrinhos. Atualmente estou retomando o ofício da narrativa com imagens, que sempre me fascinou. Acredito no poder transformador da literatura, e de uma de suas formas, os quadrinhos.