50 Cent - Minha História, Minha Verdade

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50 Cent - Minha História, Minha Verdade Do submundo do tráfico ao estrelato mundial, a autobiografia de um ícone do Hip-Hop

A HISTÓRIA DE UM DOS MAIORES RAPPERS DA HISTÓRIA, DO LIXO AO LUXO!

Antes de se tornar um dos maiores nomes do hip-hop, 50 Cent teve uma vida bastante complicada. Nesta inspiradora e brutalmente honesta autobiografia, o rapper (e agora empresário) revela todos os detalhes de sua trajetória antes da fama, quando ainda se chamava Curtis Jackson: a morte da mãe, quando ele tinha apenas 8 anos; o início de sua atuação como traficante nas violentas ruas do Queens, em Nova York; a tentativa de assassinato em que levou nove tiros; a meteórica ascensão ao sucesso; e muito mais.

Ao narrar a própria história, 50 Cent acaba também contando a história de toda uma geração de jovens que só recorre ao mundo do crime por falta de oportunidades. É uma história de sacrifício, transformação e redenção – mas também de esperança, determinação e empoderamento.

“Descontraído, forte e intenso, um novo clássico de um gênero que pode ser chamado de gangster rap noir. Nem um pouco superficial. 50 Cent conta a história de sua vida […] com o autocontrole de um romancista." – The New York Times

“Este livro é sobre os bons e os maus momentos. Eu o escrevi para explicar sobre o mundo de onde venho. Sinto que devo contar minha história enquanto posso. Eu estaria desperdiçando minha sorte e minhas oportunidades se não usasse a atenção que estou recebendo agora para colocar um holofote sobre as experiências que me levaram a pensar da maneira que penso, dizer as coisas que digo e fazer o tipo de música que faço. Quero explicar meu mundo para aqueles que só chegam perto dele pelas músicas que compram ou pelas imagens que veem na televisão. Estou olhando para o meu passado e dizendo a verdade como a vejo.”

Sobre o Autor

50 Cent é rapper, empreendedor, ator, produtor musical e de TV. Seu álbum de estreia, Get Rich or Die Tryin’, vendeu mais de 12 milhões de cópias no mundo todo e foi a base para o filme de mesmo título, no qual ele também atuou. 50 Cent foi o primeiro artista a ter quatro músicas no top 10 da Billboard desde os Beatles em 1964. Sua autobiografia se tornou um best-seller do New York Times, e ele também é autor de Hustle Harder, Hustle Smarter. Com a marca G-Unit, seu império empresarial inclui uma gravadora, linhas de roupas e calçados, água vitaminada e muito mais. Ele criou a The G-Unity Foundation, uma organização sem fins lucrativos que busca melhorar a vida dos jovens nas cidades.

Trecho. © Reimpressão autorizada. Todos os direitos reservados

FIQUE RICO OU MORRA TENTANDO.

Quando digo a frase acima, todos se concentram nos aspectos negativos: morte, desespero, depressão. Mas sabe de uma coisa? Todo mundo – desde o cara que bate o ponto todos os dias até a criança vendendo bagulho na esquina – está tentando ficar rico antes de morrer. O cara que bate o ponto provavelmente faz supletivo, faz bico ou está tentando realizar algum sonho. Por quê? Para ficar rico. O moleque que pega um saco de drogas para vender pensa da mesma forma. Ele está nas ruas com o espírito empreendedor, no corre, tentando ficar rico. Esse moleque simplesmente não quer trabalhar para ninguém – quer trabalhar para si mesmo. É que nesse ponto da vida ele está na direção errada. Como todos os outros, ele tenta enriquecer, assim como aquele cara que bate o ponto, o velho que dirige um táxi, o garoto que vai para a faculdade, a garota que serve mesas no restaurante. Tudo culmina na questão de ficar rico – ou tentar ficar. Isso não é novidade nenhuma. Você pode encontrar praticamente os mesmos sentimentos em vários tipos de filosofia – códigos de samurai, essas merdas. Se Confúcio diz, é sabedoria. Mas, quando o 50 Cent diz, está sendo negativo. De qualquer forma, é a verdade. Eu não vejo a morte necessariamente como algo negativo. A morte dá sentido à vida. Viver com medo da morte é viver em negação. Na verdade, não é realmente viver, porque não há vida sem a morte. São os dois lados da moeda. Você não pode simplesmente escolher um lado e dizer: “Eu vou tirar apenas cara”. Não. Não é assim que funciona. Você tem que escolher os dois lados porque, neste mundo, a única certeza é a morte. Assim que uma vida é criada, desde o primeiro momento no útero, é certo que ela vai acabar. Quer seja abortado, natimorto ou a mãe tenha um aborto espontâneo – a morte chegará para essa vida. Essa é a única garantia. Não importa se ela vai curar todas as doenças existentes ou se causará o fim do mundo, essa vida vai acabar. Você pode ter certeza disso.

A morte vai suceder a vida, assim como a noite sucede o dia. É assim que funciona. A morte, para mim, não é algo contra o qual temos que lutar; ela faz valer a pena seu tempo aqui. É o que torna a vida preciosa. A morte nos dá um propósito. Garante que todas as situações que surgem na vida tenham um motivo. É como se você tivesse um lugar para ir e coisas para fazer antes de morrer, e a vida está sempre tentando empurrá-lo para esse objetivo. São as coisas pelas quais passamos que nos tornam quem somos. É por isso que eu não trocaria minha vida por nada neste mundo – sei que tenho um propósito. Os momentos difíceis só pareciam difíceis quando eu estava passando por eles. Agora, são apenas memórias. Além disso, se eu não passasse por momentos difíceis, provavelmente não seria capaz de aproveitar os bons momentos. Este livro é sobre isto: os bons e os maus momentos. Eu o escrevi para explicar sobre o mundo de onde venho. Sinto que devo contar minha história enquanto posso. Tenho apenas 29 anos. Para muitas pessoas posso ser jovem demais para refletir sobre a vida. E talvez elas estejam certas. Contudo, eu estaria desperdiçando minha sorte e minhas oportunidades se não usasse a atenção que estou recebendo agora para colocar um holofote sobre as experiências que me levaram a pensar da maneira que penso, dizer as coisas que digo e fazer o tipo de música que faço.

Quero explicar meu mundo para aqueles que só chegam perto dele pelas músicas que compram ou pelas imagens que veem na televisão. Estou olhando para o meu passado com tudo o que meus 29 anos me ensinaram e dizendo a verdade como a vejo, enquanto faço jus aos cenários de onde vim. Não posso compartilhar certas informações, então mudei muitos nomes, lugares e detalhes. Quando voltei ao mundo da música em 2000, minha missão era dizer a verdade. Agora que realizei meus sonhos mais loucos de fama e estrelato, essa missão não mudou. As pessoas querem a verdade; mesmo que não saibam lidar com ela, é o que querem. Talvez, para se distanciarem da situação, elas a vejam como uma história ou música, mas mesmo assim a querem. É por isso que as pessoas assistem ao noticiário todas as noites. Nunca há nada de bom nos noticiários. Eles vão mostrar uma rápida “boa notícia” perto do fim, algo sobre o resgate de um gato em cima de uma árvore. Mas, antes de ouvir sobre aquele gato, você vai saber que alguém foi baleado e morto, que um terremoto matou algumas centenas de pessoas e que qualquer guerra que esteja acontecendo ainda está acontecendo e com força. E você continua assistindo. Por quê? Porque você quer a verdade.

Você vai reclamar, mas vai assistir. Todas as noites. Os noticiários sempre atraem grandes audiências. Então, eu mesmo divulgo minhas novidades, porque ninguém mais vai fazer isso por mim. Eu conto que sobrevivi a nove tiros não para vender discos, mas porque é a verdade. Mas isso se transformou em uma estratégia de marketing. Sempre que me sento para dar uma entrevista, ouço a pergunta: “Bem, 50 Cent, como foi ser baleado nove vezes?” Sinceramente, não foi bom – pelo menos não na hora. Agora é só uma lembrança, mas, quando aconteceu, doeu. Pra cacete. Quero dizer que doeu, doeu pra cacete mesmo. Se você puder escolher, marque a alternativa que diz “não”. Talvez não pareça tão ruim porque vem embalado com as frases que você encontra em todas as histórias sobre mim – “o rapper que levou nove tiros”, – porém isso não tem o peso, a dor ou a esperança da minha experiência. Simplesmente não dá para ter. Não foi para vender discos que eu mostrei minhas cicatrizes na televisão. Não foi pra vender discos que deixei jornalistas sentirem o buraco na minha gengiva. Compartilho minha realidade porque se trata de situações reais que acontecem no lugar de onde eu venho. E há milhares de pessoas que nunca terão a oportunidade de ir à TV para contar o que acontece em lugares onde os tiros encerram as discussões. Quando você olhar como meu corpo se curou sozinho, quero que veja os corpos daqueles que nunca se curaram, daqueles que não chegaram ao pronto-socorro a tempo, daqueles que nunca se recuperaram. É para isso que sou o garoto-propaganda. E é isso que gosto de ser.

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